Copa do Mundo 2022: Renata Silveira reforça presença feminina no esporte

Copa do Mundo 2022: Renata Silveira reforça presença feminina no esporte

Em um cenário ainda marcado pelo machismo, narradora esportiva celebra conquista histórica e inspira outras mulheres a ocuparem o espaço que sempre lhes foi negado.

“Futebol não é coisa de mulher”?

Se você é mulher e gosta de futebol, provavelmente já ouviu o clássico “futebol não é coisa de mulher”, mas isso tem mudado constantemente e as mulheres vêm ocupando um lugar importantíssimo no ambiente esportivo. Um grande exemplo disso é a Renata Silveira, narradora esportiva do Grupo Globo, que fez história ao se tornar a primeira mulher a narrar uma Copa do Mundo em TV aberta.

Quando o futebol era proibido para as mulheres

A presença feminina no esporte — especialmente no futebol — no Brasil sempre foi marcada por fortes barreiras e pelo machismo. Um exemplo claro disso é o Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941, assinado pelo ex-presidente Getúlio Vargas, que determinava:

Art. 54 – Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza.

Essa proibição ficou em vigor por quase quatro décadas e só foi revogada em 1979, por meio da Portaria nº 10 do Conselho Nacional de Desportos (CND).

Contudo, ter uma mulher narrando jogos de futebol em uma Copa do Mundo — e em plena transmissão da Rede Globo, o maior conglomerado de mídia da América Latina — representa uma conquista histórica para a representatividade feminina no esporte e na comunicação. Esse avanço simboliza não apenas a quebra de barreiras em um espaço tradicionalmente dominado por vozes masculinas, mas também inspira novas gerações de mulheres a ocuparem posições de destaque na cobertura esportiva.

“A porta tá aberta, mulherada!”

Para celebrar esse momento marcante, Renata Silveira compartilhou uma publicação no Instagram, com alguns momentos e matérias sobre o feito. Em um trecho da legenda, ela expressa a dimensão simbólica da conquista:

“Conseguimos! Chegamos! Que vitória! Hoje, mais uma vez foi por todas! A porta tá aberta, mulherada. Podem entrar!”

Com essa fala, Renata simboliza não apenas uma conquista individual, mas um avanço para todas as mulheres no esporte. Sua presença quebra barreiras históricas e mostra que as mulheres podem — e devem — estar onde quiserem.

Matéria original: https://issuu.com/revistaamplie/docs/ampliecopadomundo – Página 8-9.

Feito por: Ana Luiza Oliveira Gomes.

com365

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *