Cultura do país em risco: incêndio na Cinemateca
No dia 29 de julho o Brasil assistiu parte do maior acervo de produção audiovisual da América Latina arder em chamas. Um dos galpões da Cinemateca Brasileira, no bairro da Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, pegou fogo no final da tarde e teve três salas do primeiro andar afetadas – elas guardavam acervo histórico de filmes e documentos impressos.
Segundo a reportagem do El País, cinco caminhões e 70 bombeiros atuaram para controlar o incêndio. O local teve 25% da estrutura comprometida, segundo Robson Bertolotto, diretor da Defesa Civil da Lapa, e as perdas ainda não tinham sido calculadas.
A sede da Cinemateca Brasileira e a maior parte de seu acervo fica na Vila Mariana, mas as perdas sofridas colocam em risco a memória do audiovisual do país. Em 2016, parte do acervo já havia sido atingida por um incêndio e, em 2020, a instituição se tornou um símbolo da falta de política cultural do governo Bolsonaro.
Os stories
Em uma série de três vídeos especiais, os alunos Beatriz Valente, Hugo Virgínio e Victoria Barel, em parceria com o projeto de extensão Cinecom UFV, contam sobre a história da Cinemateca e os problemas enfrentados ao longo dos anos.
O primeiro vídeo conta os incêndios que já ocorreram, deixando um gancho para o segundo que busca explicar sua repercussão política. O último reconta um pouco da história da Cinemateca para que se possa entender a dimensão que as perdas explicadas anteriormente implicam para a história do país.