Estado alterado: os efeitos das políticas para drogas pelo mundo

Estado alterado: os efeitos das políticas para drogas pelo mundo

Análise por Ana Luísa Medeiros e João Pedro Mageste

Para a análise, foi escolhida uma série de reportagem da Folha de São Paulo de fevereiro de 2020, intitulada ‘Estado alterado: os efeitos das políticas para drogas pelo mundo’, que retrata como diferentes lugares lidam as drogas, expondo os desafios da produção, distribuição e consumo; o policiamento intenso, a tolerância zero e diferentes tipos de descriminalização e legalização. Dessa forma, as seções são os tópicos de abordagem de cada lugar, sendo, então: Estados Unidos: redução de danos e legalização; Uruguai: desafios da legalização; Bolívia: controle da área cultivada; Europa: redução de danos e descriminalização; Indonésia: efeitos da política linha-dura; Israel: inovação em canabis medicinal; China: tratamento de dependentes; Brasil: efeitos da guerra às drogas. 

A história é contada a partir do tópico de cada região, sendo que esse item diz sobre as principais questões da relação do país (ou continente, como o caso da Europa) com as drogas. O layout principal foca nas seções da grande reportagem com uma imagem que ilustra a temática e a região abordada, sendo que o leitor clica em qual seção ele deseja ler, sendo uma espécie de interatividade. Nas seções específicas de cada país, imagens, texto, vídeos e infográficos são intercalados para a fluidez do material. As imagens por sua vez, podem ser clicadas para uma visualização com aplicação de zoom.

A narrativa é contada de uma maneira simples e objetiva, buscando informar sobre as diversas perspectivas das políticas para drogas. Então, a reportagem se preocupa em contar a história da política de cada lugar de forma simples, apontando possíveis contradições de cada política, como o caso do Brasil, no qual discorre sobre a guerra às drogas. A estrutura narrativa se dá, então, a partir das histórias de cada política em blocos de textos seguidos de blocos de imagens, infográficos e vídeos jornalísticos produzidos também pela Folha para aprofundar mais no tema, mas a reportagem é disposta por uma grande quantidade de textos que não são separados por blocos.

Os recursos midiáticos citados acima  são de excelente qualidade e complementam entre si o tema proposto. Além de fazerem muito sentido pela forma em que são usados e por alavancarem as informações para além de uma simples escrita ou informação avulsa. Legendas nos vídeos, gráficos esteticamente agradáveis, uso de fotos de qualidade e informações que surgem através das produções audiovisuais e pelas imagens, garantem que a reportagem se torne uma experiência. 

Como a série de reportagens trata sobre uma questão que precisa de uma contextualização, são utilizadas fontes documentais para o aprofundamento do tema. Além disso, estão presentes também personagens dessa temática, como policiais, usuários, traficantes e donos de estabelecimento que vendem drogas.

A série possui o apoio financeiro da Open Society Foundations, edição e coordenação de Paula Leite, edição de imagem feita por Thea Severino; edição e revisão de textos por Paula Leite, Marcelo Leite e Luciana Coelho; edição de fotografia por Fernando Sciarra; tratamento de imagem por Edson Salles; infografia por Gabriel Alves, Gustavo Queirolo e Simon Ducroquet; design por Irapuan Campos; coordenação de arte por Kleber Bonjoan e Rubens Fernando Alencar e desenvolvimento por Pilker.

analumcmedeiros

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