Evasão universitária: Entenda mais sobre essa situação estudantil
Você sabia que 56,8% dos brasileiros que ingressaram em um curso superior no ano de 2010 desistiram? Segundo dados do Censo da Educação Superior realizado em 2018 com mais de 2000 instituições de ensino, e dados referentes ao período de 2010 a 2016, apenas 37,9% dos estudantes concluíram seus estudos, os outros 5,3% continuavam na graduação após o período de 6 anos.
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As universidades brasileiras que durante muitos anos foram majoritariamente ocupadas por pessoas com grande poder aquisitivo vêm passando por diversas transformações nos últimos 20 anos, fazendo com que o país registre um aumento considerável de matrículas no ensino superior.
Programas como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), SiSU (Sistema de Seleção Unificada) e o Prouni (Programa Universidade para Todos) foram fundamentais para a democratização do acesso ao ensino superior.
Apesar de todas essas transformações e um pouco mais de facilidade para ingressar, a taxa de conclusão da graduação é ainda menor. Segundo o IBGE, apenas 17,4% dos adultos brasileiros com 25 anos ou mais possuem ensino superior completo.
A evasão acadêmica é um problema que afeta todas as instituições de ensino superior. Se apresentando como um dos maiores desafios da educação brasileira, ela tem sido objeto de trabalhos e de pesquisas educacionais que buscam compreender as suas causas.
Você conhece os dados de evasão da sua universidade?
Dentro da Universidade Federal de Viçosa (UFV) existem diferentes situações nas quais o estudante de graduação pode estar enquadrado: normal, cancelamento, afastamento, trancamento, transferência, desligamento. Dentre eles, as evasões por desligamento e afastamento têm o menor registro documentado.
Trancamento de matrícula
Alguns estudantes preferem optar por medidas menos definitivas e utilizam o trancamento de matrícula como uma forma de “desligamento temporário”.
A taxa de trancamento ao longo dos anos não costuma variar, mas no ano de 2020 ela teve um grande aumento em todos os cursos. Isso se deu pela pandemia do SARS-CoV-2, fazendo com que 2020 fosse um ano atípico.
Desligamento de matrícula
Quanto aos desligamentos, podemos ver no gráfico abaixo que nos últimos 10 anos é possível detectar maior ocorrência no curso de Administração, seguido por Química e Engenharia Civil.
Já Agronomia, apesar do grande número de alunos totais, registra taxas baixíssimas de desligamento ocupando a sétima posição no ranking. Isso se deve à tradição agrária da UFV, antiga Escola Superior de Agricultura e Veterinária.
Você pode conferir os números de cada curso no gráfico interativo abaixo!
Existe uma dissonância no gráfico, que faz com que o curso de Matemática ocupe o primeiro lugar. Isso se dá porque no ano de 2012, o curso foi ofertado como EAD, e devido a isso, pode ser contabilizado mais desligamentos do que todos outros cursos nesse período de 10 anos.
Dessa forma é possível concluir que: a modalidade de ensino EAD possui uma maior taxa de desligamentos e de trancamentos na UFV.
O que causa a evasão dos estudantes?
Além da modalidade EAD, citada anteriormente, a lentidão do processo de aprendizagem é um dos motivos recorrentes para o desligamento. “Eu realmente não conseguia ficar 1 hora dentro da sala de aula, vendo aquela forma tradicional de dar aula, eu achava muito lento”, relata o ex-aluno Washington da Silva Pacheco que ingressou no curso de Comunicação Social – Jornalismo no ano de 2016.
Para entender qual a sua forma de aprendizado, você pode responder o Questionário de Vark de forma online, rápida e segura.
Coronavírus, aulas à distância e novas formas de ensino
Diante da pandemia de SARS-CoV-2, o novo coronavírus, as instituições de ensino foram obrigadas a paralisar todas as suas atividades presenciais, para conter a rápida expansão dos casos entre seus alunos e servidores.
A partir do dia 16 de março de 2020 a administração da Universidade Federal de Viçosa (UFV) suspendeu por tempo indeterminado as atividades acadêmicas em seus três campi.
Buscando entender as possibilidades de não pausar as atividades de forma definitiva, a universidade realizou algumas consultas aos estudantes com a finalidade de avaliar as condições de acesso a internet e outros recursos tecnológicos. Após 5 meses de pausa, no dia 30 de julho, os alunos receberam a notícia de que a UFV em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), aprovou o Período Remoto Especial (PER).
No mesmo comunicado em que o PER foi anunciado, algumas condições deste novo período foram expostas, dentre elas constava que a participação dos alunos era facultativa, ou seja, a matrícula não obrigatória e o coeficiente não seria contabilizado.
Devido a esta condição, o desligamento dos estudantes foi suspenso e os abandonos não foram considerados, e assim, é difícil afirmar com precisão quantos alunos evadiram da Universidade Federal de Viçosa no período de março de 2020 até o presente momento.
Em entrevista com Benício Ramalho, Assessor Especial da Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Federal de Viçosa, foi informado que a solicitação de matrícula, feita pelos estudantes no final dos períodos, é a forma que o Registro Escolar tem de identificar se o estudante vai seguir ou será desligado da universidade. Logo, nos períodos presenciais, se um estudante não efetuar sua solicitação de matrícula no tempo hábil, ele será automaticamente desligado da instituição, podendo entrar com recursos para religar sua matrícula.
Desse modo o Registro Escolar consegue realizar levantamentos em relação ao número de alunos matriculados, obtendo um histórico detalhado do vínculo de estudantes e suas situações. Dados esses que são disponibilizados no Portal de Dados Abertos da Universidade Federal de Viçosa, e que podem ser acessados por qualquer pessoa.
Reportagem por: Jamília Ap. Lopes Soares, João Marcos de Figueiredo Pinto, Leonardo Lopes Coelho e Paloma dos Anjos.