Gastrodiplomacia: como comida é importante até para a geopolítica

Gastrodiplomacia: como comida é importante até para  a geopolítica

A melhor maneira de conquistar alguém é pelo estômago, mesmo que esse alguém seja uma potência mundial.

O que é?

A gastrodiplomacia, ou diplomacia gastronômica, é o uso da culinária como forma de aumentar o poder brando (soft power) de um país. Por vezes também éentendido como uso desse poder brando para aumentar a exportação de produtos alimentícios típicos.

É tudo sobre ser conhecido como um cara legal por outros países, ganhar sua simpatia e, consequentemente, seu apoio.

Leia os especialistas: Hayle Melim Gadelha

Objetivo da gastrodiplomacia

O principal objetivo da gastrodiplomacia é expandir o leque de expressões culturais lembradas pela população estrangeira. O que é importante para ser conhecido positivamente no exterior, até mesmo mudando a percepção que este possui ao substituir preceitos anteriores.

Afinal, a Itália era tão fascista quanto a Alemanha era nazista. Mas ainda é conhecida como o país do macarrão e da pizza.

Saiba mais:

Exemplo

O festivalde Goût de France, França, é um ótimo exemplo do uso de gastronoia para a criação de soft power. Chefes de 150 países diferentes se inscreveram para cozinhar pratos inspirados pela culinária temática: a mediterrânea da região de Provence.

No âmito das exportações, o caso da manga brasileira se destaca. Depois de 27 anos de barreiras comerciais contra o produto, bastou que o primeiro ministro japonês Junichiro Koizumi comesse mousse de manga em uma visitia diplomática para que a fruta voltasse aos mercados japoneses

Patrimônio Imaterial da Humanidade

O poder político da gastronomia, enquanto expressão cultural e para além disso, aparece também nas aparições de pratos típicos nas listas da UNESCO.

A alimentação é parte integrante do dia-a-dia de todas as pessoas, mas vai além disso quando se percebe sua importância para a identidade de um povo e continuidade de uma cultura.

Saiba mais: Pratos declarados Patrimônio Imaterial da UNESCO


Matéria original em: Revista Amplie n°6 – Gastronomia (páginas 32 e 33)

Isabella

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