Inovação é marca em pesquisas na UFV

Inovação é marca em pesquisas na UFV

As universidades públicas no Brasil têm sob sua responsabilidade fomentar e manter a pesquisa no país.  De acordo com a Academia Brasileira de Ciências 95% de toda a pesquisa produzida em território nacional e disponível nas bases de dados internacionais do setor foram e estão sendo produzidas dentro das universidades públicas.

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) se destaca nesse cenário e figura a lista das 15 universidades do país que mais produz ciência. A instituição se destaca no quesito inovação e busca excelência ao lado de seus pesquisadores e alunos.

Dentre os projetos desenvolvidos na instituição, muitos deles buscam por inovação e competitividade para serem usados na indústria, em investigações e na área da biologia. Um dos exemplos é a pesquisa Espectroscopia de Raman desenvolvida no Departamento de Física da instituição, sob a coordenação do professor Luciano Moura.

 A Espectroscopia de Raman se baseia no espalhamento elástico da luz, e a partir dessa técnica se obtém a identidade da amostra analisada, podendo ser aplicada tanto em estudos com objetos de arte como na área da saúde, por exemplo.

A identidade própria de cada material está nas frequências luminosas refletidas pelo laser. Os dados colhidos são transformados em gráficos após análise. Com isso, podemos observar que amostras que, até então, pareciam idênticas, na verdade carregam uma identidade diferenciadas uma da outra.

Um dos diferenciais na pesquisa desenvolvida na UFV é não se limitar a uma área específica. A técnica estudada pelo professor Luciano Moura não se adequa somente a física, possibilitando estudos, também na biologia.  Podendo apoiar os pesquisadores no desenvolvimento de tratamentos para diferentes tipos de doenças, inclusive contra o câncer.

A Espectroscopia de Raman pode ser uma das técnicas usadas para estudar a veracidade de obras de artes, como conta Luciano Moura. “Através dessa técnica podemos, por exemplo, saber se uma obra de arte é verdadeira ou não. Lançamos o laser sobre a obra e a partir das variações de cores captadas no processo é possível saber o material que a tinta é feita. Ao analisar os pigmentos presentes na tinta sabemos de qual época ela é.”

Entenda como a ciência vem contribuindo com a arte na solução de diversos mistérios ligados a obras de artes no Podcast Arte Talks.

As pesquisas inovadoras realizadas na UFV gerarão grandes resultados a longo prazo. Até o momento, se encontram voltadas para o meio acadêmico. Isso acontece porque ainda estão em fase de teste e os pesquisadores ainda estão na expectativa de levar seu trabalho a nível industrial, ou seja, espera-se que o produto ou técnica sejam reconhecidos no mercado.

Essa matéria foi escrita por Jéssica Alana, Tiago Sacramento e Gustavo Sobrinho, para o Jornal OutrOlhar do curso de Comunicação Social da UFV, em 2015. Adaptação para Web: Gustavo Sobrinho. Acesse a reportagem original aqui.

Gustavo Sobrinho

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