Jogadores de futebol também são humanos. Sabia?

Jogadores de futebol também são humanos. Sabia?

Por mais que o tempo passe, o Brasil continua sofrendo com grandes promessas que perdem todo seu potencial. Seja de forma fatal como foi com Dener e Thalles, que sofreram acidentes trágicos, ou seja para as drogas e as bebidas.

Talvez o nosso principal caso de desperdício de talento seja o de Adriano, O Imperador. Depois que o pai de Adriano faleceu em 2004, o ídolo do Flamengo sofreu um forte declínio na carreira.

O Imperador chegou a defender a camisa da Seleção na Copa do Mundo da Alemanha em 2006, teve passagens curtas e não deixou saudades por diversos clubes, dentre eles a Roma – ITA, o São Paulo, o Athletico e o Corinthians.

O último grande ato de Adriano foi em seu clube do coração: o Flamengo. Mesmo com um elenco considerado fraco, em 2009 o rubro-negro carioca se tornou campeão brasileiro, com uma campanha excelente de Adriano.

Depois da perda de seu pai, O Imperador teve diversos problemas psicológicos, o quê evidenciou um dos grandes problemas do futebol: o fator mental não importa.

Outro atleta que reforça essa questão é Nilmar, atacante que atuou por diversos clubes tradicionais e defendeu a Seleção Brasileira por anos. Mesmo com dinheiro no bolso e sucesso esportivo, Nilmar sofreu uma forte depressão, o que o afastou dos gramados precocemente.

Quem também não soube lidar com o repentino sucesso conquistado foi Cicinho, lateral-direito que atuou pelo Real Madrid – ESP e pela Seleção. Cicinho se perdeu para as bebidas alcoólicas e sofreu bastante com a luxúria, deixando de entregar aquilo que prometia esportivamente.

“Percebi que estava exagerando quando perdi o prazer de realizar meu trabalho, de jogar futebol. Sempre fui apaixonado por futebol. Não tinha mais prazer em entrar em campo, treinar e concentrar. Eu tinha 30 anos e estava jogando na Roma, em 2010”, disse Cicinho em entrevista ao Uol.

Eu poderia citar vários outros jogadores brasileiros que tiveram uma carreira meteórica em virtude de diversos problemas, sejam psicológicos ou com vícios, como drogas e bebida.

No entanto, cabe ao futebol brasileiro, em todas suas instâncias – do torcedor à CBF, passando por atletas, clubes e imprensa – criar mecanismos para cuidar dos jogadores, e vê-los como humanos, e não apenas como mercadorias.

Texto original retirado do jornal OutrOlhar esportivo:

oemanuelvargas

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