Netflix adapta “ONE PIECE” para live-action
Entenda a versão para o streaming de um dos mangás mais vendidos de todos os tempos
O mangaká mais famoso do mundo, Eiichiro Oda, foi convencido pelos avanços tecnológicos a adaptar a sua grande obra, One Piece, o que já era uma hipótese há algum tempo.
“Eu acreditava que os mundos dos mangás não haviam sido feitos para serem adaptados para live- action. Recebi muitas ofertas para ‘One piece’, mas recusei todas por muitos anos. – Eiichiro Oda
Agora, a aventura nos mares conta com 8 episódios disponíveis na plataforma de streaming.
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Gravações
As filmagens ocorreram na cidade do Cabo, na África do Sul, e objetos e comidas específicas tiveram que ser criadas para se igualar aos desenhos.
O cenário foi construído para parecer que “estava lá há muito tempo antes de a tripulação desembarcar”.
As condições do autor foram que a adaptação não poderia alterar a história passada dos personagens e deveria manter os poderes conferidos a quem come os frutos do diabo
No Japão, a minha geração cresceu vendo filmes de Hollywood como ‘Indiana Jones’, ‘E.T’ e ‘Exterminador’. Se Hollywood fosse adaptar ‘One Piece’ minha expectativa era ter uma produção séria de alto nível.
Desejo esse que foi realizado, diz Oda. (Alessandra Monterastelli, Folha Press)
Sobre a obra
A figura mítica de piratas já inspirou incontáveis narrativas, seja como saqueadores violentos, aventureiros libertários que não abaixam cabeça para governantes tiranos, ou boêmios viciados em rum.
Os quadrinhos feitos por Eiichiro Oda, em 1996, unem todas estas, e talvez por isso, se tornou o mangá mais vendido do mundo com 516 milhões de cópias em 61 países.
Em “One Piece”, após a execução de um dos maiores piratas de todos os tempos, Gol D. Roger, em busca de se tornar o rei dos piratas e encontrar o tesouro que segue o título, o Luffy, o protagonista, se lança ao mar.
O homem-borracha, destemido e bem humorado, pode esticar seu corpo o quanto quiser, graças ao “fruto do diabo”.
Com seus poderes encontra uma tripulação e segue para a Grand line, uma faixa de navegação ocupada pelos mais temidos corsários.
Apesar das cenas de luta como ponto forte, o mangá é mais que isso, passando por enfrentamento a um governo opressor e conflitos pessoais, que contribuem para a construção dos personagens.