O Efeito Selfie e o porquê você deveria parar de usar filtros do Instagram
A tecnologia que antes servia para os pacientes irem até os consultórios de cirurgias plásticas com referências, agora guarda os moldes para os rostos perfeitos das redes sociais.
Os filtros do Instagram são com certeza alguns dos recursos mais populares entre os usuários da rede social. Entre os mais usados estão aqueles que “corrigem” aspectos físicos. Mas o que pode parecer um ato inocente, na verdade está mudando a forma como nos vemos, ainda mais em um contexto de pandemia em que grande parte das nossas relações são mediadas por uma tela.
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Assim, aumenta a busca por procedimentos estéticos que procuram trazer para a vida real o que os filtros podem fazer. De acordo com a Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrução Facial (AAFPRS), nove em cada dez cirurgiões plásticos tiveram um aumento de pelo menos dez por cento na quantidade de procedimentos em 2020.
A pandemia e os filtros.
Esse crescimento expressivo se deu principalmente pelo que os médicos da associação chamaram de Dismorfia do Zoom, sendo Zoom um dos principais aplicativos de chamadas de vídeo.
Diferentemente do Instagram, a plataforma de conversas por vídeo não tem filtros e ao se conectar ao Zoom, o usuário lida com a própria imagem sem nenhum tipo de “correção”. Assim, aumenta a busca por intervenções médicas para suavizar as marcas comuns do rosto, como processos para aumentar as pálpebras em lifting de olhos, procedimento que cresceu 65%. Além de outros como:
- Rinoplastia 78% de crescimento;
- Lifting facial 69% de crescimento;
- Lifting de olhos 65% de crescimento;
- Lifting e tratamentos de pescoço 58% de descimento.
A beleza nas selfies e não na vida real
No entanto, mesmo antes da pandemia, o quadro de modificações por causa das redes sociais já crescia. Em 2019, a AAFPRS apresentou um documento mostrando que 72% dos cirurgiões reportaram um aumento da procura pelos procedimentos cosméticos que faziam os pacientes saírem mais bonitos em selfies.
Isso cria um ciclo que se auto alimenta. As pessoas por meio dos filtros tornam comum um rosto que antes não existia e querem transportá-lo para vida real por meio de plásticas que imitam o aspecto das redes sociais. Os rostos comuns passam a ser entendidos como distorcidos e os lábios grandes, bochechas altas e pele clara do Instagram passam a ser a regra.
Assim, internalizamos o padrão e o vemos ser repetido por quase todas as culturas. Nomes como Kim Kardashian, Kylie Jenner e Gigi Hadid não são só referenciais de perfeição nos países onde nasceram, mas em todo mundo. Pela primeira vez na história, compartilhamos universalmente um padrão de beleza a partir da tecnologia e esse não só tenta traçar a linha entre o feio e o bonito, mas difunde marcas, procedimentos estéticos, filtros e moldes para rostos.
Texto publicado originalmente na segunda edição da revista Amplie. Leia a edição completa abaixo.