Por que seu corpo te incomoda?
Todos temos algo em nós mesmo que nos incomoda, mas você já parou para pensar em que momento da sua vida e porquê isso começou a te incomodar?
Todos os dias somos obrigados a lidar com uma indústria capitalista que nos oprime e nos obriga a ficarmos infelizes com nossos corpos. Padrões estéticos inalcançáveis são criados para que exista uma busca infinita pela perfeição. Durante muito tempo, a indústria da beleza foi romantizada pelos veículos midiáticos. Não se via uma mulher preta, gorda e com celulite como personagem principal de um filme, por exemplo. Na maioria das vezes, essas pessoas ocupavam apenas espaços cômicos nas mídias, dando a impressão de ser impossível ter a vida idealizada dos mocinhos da novela se você não estivesse dentro de um padrão de beleza.
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Hoje, as redes sociais são a principal fonte de propagação do estereótipo perfeito, segundo as pesquisadoras Lídia Farias e Taís Monteiro:
“O indivíduo compartilha o que considera que formulará sua persona com a melhor aceitação da sociedade a qual está inserida.”
E para se encaixar nesse padrão ideal criado, é perceptível o aumento do uso de mecanismos ilusórios, que são utilizados para a sabotagem aos corpos reais, sejam os filtros faciais ou os aplicativos que modificam as fotos. Isso contribui para que tanto quem faz o uso destes recursos, quanto para quem vê, se sinta infeliz e insatisfeito com sua aparência física.
Com este rótulo perfeito criado pela mídia, aos poucos somos influenciados inconscientemente a fazermos parte deste padrão e a modificarmos nossos corpos, nos colocando em situações de alto risco, como uma cirurgia, apenas para termos a falsa sensação de estarmos nos fazendo um bem e aumentando nossa autoestima. Contudo, essa insegurança do físico é criada propositalmente pela indústria da beleza, para atrair cada vez mais consumidores para este mercado.
Mas como?
Grande parte desta banalização dos procedimentos estéticos é causada pelas publicidades realizadas por influenciadores digitais, os quais recebem permuta para essa divulgação e acabam influenciando seus seguidores a idealizarem uma fisionomia utópica. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil lidera o ranking de cirurgias plásticas em jovens, os quais são os principais usuários das redes sociais e, consequentemente, os mais persuadidos por este meio. Mas, apesar de persuasores, esses influencers não estão imunes desta indústria, que critica diariamente quem não se encontra dentro do molde criado por ela.
Portanto, é possível perceber que o mercado da beleza utiliza dos mais diversos meios para que cada vez mais pessoas sintam-se infelizes com seus corpos, fazendo até dos seus aliados suas vítimas e criando um ciclo infinito pela busca da perfeição inalcançável.
Texto original publicado na revista Amplie.