Por trás da animação: Como as comidas de “Ratatouille” foram produzidas
O longa-metragem americano Ratatouille, produzido pela Pixar, é uma das animações mais famosas e queridas, não é atoa que além de receber inúmeros prêmios ganhou o Oscar de Melhor Animação, em 2008.
Durante todo o filme, uma coisa se destaca das demais trazendo toda a magia ao enredo: a comida.
O pontapé
Uma das maiores preocupações e desafios dos produtores foi a estética da comida, como os alimentos e pratos estariam apresentados, já que uma comida pouco atraente afetaria toda a experiência do público e o objetivo do filme também.
Sharon Callah, diretora de fotografia, foi a pessoa responsável pela estética do filme e para desenvolver a comida, ela usou como referência algumas fotografias para criar digitalmente suas imagens. Callah conseguiu transformar a comida digital em apetitosa, bonita e saudável, que transmite sensações reais de prazer ao telespectador, o que foi o pontapé para o desenvolvimento pleno da produção.
“ (…) trazia aqueles elementos que diziam: Uau!. Parece suculento, comestível e tinha um brilho e translucidez”
afirmou Dylan Brown, supervisor de animação do filme.
Mão na massa
A equipe do longa teve que consultar diversos chefs gastronômicos, além de participar de aulas de culinária por anos em São Francisco (EUA). Um dos nomes mais marcantes foi o chef de cozinha Thomas Keller, que ajudou no desenvolvimento dos alimentos.
O chef abriu a porta de seu restaurante como objeto de pesquisa e estudo, sendo um consultor para essas questões.
Realista, mas nem tanto…
Todos os detalhes foram muito bem pensados. Como a apresentação do ratatouille que foi alterada por Keller, para dar protagonismo ao prato que dá nome ao filme. Mas apesar de todo esse zelo, os produtores não queriam uma comida muito realista, porque poderia distrair ou se destacar na animação, o que não era o objetivo.
Segundo a Pixar, a animação dos alimentos foi baseada em três pilares: suavidade, reflexão e saturação.
Conheça outras curiosidades sobre o filme:
- Roedores de estimação foram levados ao estúdio de produção e gravação, ao longo de meses, para que os animadores pudessem estudar seus movimentos corporais.
- No roteiro original, o chef Auguste Gusteau ainda estava vivo, mas o diretor (Brad Bird) achou que havia muitas histórias a contar e decidiu matá-lo. Porém, Gusteau permanece no longa como a “consciência” de Remy.
- O nome do chef Skinner faz referência ao psicológo behaviorista, inventor e filósofo norte-americano, Burrhus Frederic Skinner, que ganhou destaque por realizar experimentos em roedores.
Texto escrito e alterado por Letícia Guimarães.