SAAE atrasa a capacitação dos Catadores

SAAE atrasa a capacitação dos Catadores

Um mês após a contratação formal e a Autarquia ainda não tinha procedido com nenhuma das demandas contratuais estabelecidas com as Associações ACAT e ACAMARE

O debate sobre a contratação efetiva dos catadores de lixo, em especial a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Viçosa (ACAT) e a Associação dos Trabalhadores da Usina de Triagem e Reciclagem (ACAMARE), teve bastante destaque em 2017, mas que retornou fortemente em 2018 devido a impontualidade da Autarquia SAAE, responsável pelo contrato, com as obrigações estabelecidas, como a capacitação.

Contextualizando …

A preocupação na cidade a respeito dos direitos desses trabalhadores chegou antes mesmo da Política Nacional de Resíduos Sólidos elaborada em 2010. O Projeto de Extensão InterAção, por exemplo, criado pela professora da UFV, Nádia Dutra, professora do Departamento de Ciências Sociais, já tinha dado início aos movimentos sociais que visavam a coleta seletiva na cidade e o empoderamento das associações.

Em 2018, as pautas do projeto voltaram-se fortemente para a contratação das associações de catadores pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto, vez que a Autarquia não vinha cumprindo com todas as rotas programadas e apresentava irregularidades nas coletas seletivas. Foi então que, após muitos debates no Fórum Municipal Lixo e Cidadania, houve a contratação em outubro de 2018, mas com muitos problemas.

  • A começar pela ausência da Autarquia na reunião do fórum que discutiram-se as questões contratuais;
  • Os materiais de segurança, as vestimentas oficiais, os caminhões de coleta e o treinamento obrigatório não tinham sidos entregues ou agendados em quase dois meses após a validação do documento.

Na época, durante uma das reuniões, Nádia mostrava-se inconformada com o descaso das entidades públicas.

A política nacional prevê isso, mas a esfera pública entende que é uma gratificação … isso não é gratificação. É um direito. O qual não cederemos”
– Nádia

Gilberto, chefe da seção de Resíduos do SAAE em 2018, alegou que a capacitação dos catadores estava impossibilitada devido aos Equipamentos de Proteção Individual, os EPI, não terem chegado e, sem eles, não se fazia necessária a entrega dos outros materiais, como os caminhões, pois ficariam estacionados.

Link para a Matéria do OutrOlhar aqui.

THIAGO FERNANDES

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