Serviços on-line podem ameaçar a privacidade, explica cientista da computação

Serviços on-line podem ameaçar a privacidade, explica cientista da computação

Embora repleta de facilidades, a vida on-line tem seus custos. Aquilo que se faz na rede quase sempre deixa rastros, e os dados que o usuário produz ao navegar constituem um tesouro para as grandes empresas de tecnologia. Ao utilizarmos as principais plataformas gratuitas de serviço oferecidas na web, e mesmo as pagas, damos aval para que coletem e utilizem informações de maneiras que muitas vezes extrapolam o nosso controle.

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Nas próprias redes sociais, a privacidade online é vez ou outra colocada em discussão pelos próprios usuários, como nos relatos de que as empresas estariam supostamente ouvindo suas conversas para oferecer produtos. Em 2016, uma foto mostrando o CEO e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, utilizando fita adesiva para tapar a câmera e o microfone do seu laptop também deu o que falar.

Tipos de dados coletados

Pessoa digitando em laptop
Foto: Maria Cecília de Miranda

Segundo o cientista da computação Heber Amaral, praticamente tudo o que o usuário coloca em seus cadastros e busca na Internet pode ser coletado pelas empresas, bem como a localização, a marca do computador, o tipo de navegador usado e até mesmo o perfil nas redes sociais. Heber explica que os dados registrados são utilizados sobretudo no direcionamento de anúncios e no aprimoramento dos produtos e serviços oferecidos.

“Na maioria das vezes, nenhum ser humano chega a ver realmente seus dados. Somente algoritmos especializados costumam acessá-los. Porém, nada impede que esses dados sejam usados para outros fins. Portanto, é melhor ter cuidado.” – alerta Heber.


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Leitura dos termos de uso e privacidade

Quanto aos termos de uso e privacidade dos sites e aplicativos, a advogada Marinês Alchieri explica que “o usuário deve, antes de tudo, fazer a leitura atenta para verificar se de fato está de acordo com a forma de utilização das informações que serão coletadas, bem como para tomar ciência dos seus direitos e deveres e dos direitos e deveres da empresa.”

Para muitas pessoas, no entanto, a análise desses textos parece ser difícil, inconveniente e desanimadora. Em uma sondagem realizada por nós junto a 38 usuários anônimos de sites e apps, cerca de 74% dos entrevistados responderam que não leem com atenção os termos das plataformas que utilizam, sendo que os demais o fazem apenas às vezes.


Pesquisa: Você lê com atenção os Termos de Uso e Privacidade dos sites e apps que utiliza? Sim: 0%; Não: 73,7%; Às vezes: 23,6%; Não utilizo nenhuma plataforma que tenha termos de privacidade, como Google (Gmail), Facebook, Instagram etc: 0%

Quando questionados a respeito das razões para a falta de leitura, muitos usuários informaram que se sentem desmotivados pelos textos extensos, com linguagem técnica e letras miúdas. Além disso, segundo boa parte dos entrevistados, muitas vezes o interesse pelas funcionalidades oferecidas pelas plataformas e a necessidade de utilizar os serviços rapidamente acabam falando mais alto que a preocupação com a privacidade.

*Reportagem publicada originalmente na edição de novembro/dezembro do Jornal-Laboratório OutrOlhar.

Marco Túlio de Miranda

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