Uma semana, 1.195 mortes: o retrato da violência no Brasil

Uma semana, 1.195 mortes: o retrato da violência no Brasil

Por Alexandre Leite e Wesley Bião

A reportagem que escolhemos para análise é do G1. Intitulada “Uma semana, 1.195 mortes: o retrato da violência no Brasil”, a matéria é fruto de um projeto do portal de notícias com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e leva o nome de Monitor da Violência.

A matéria traz de forma mais aprofundada dados sobre os casos de violência, como homicídios, latrocínios, feminicídios, mortes por intervenção policial e suicídios espalhados pelo Brasil. Para produzir a matéria, o G1 utilizou como base de dados o cruzamento de informações de fontes, policiais, sindicatos e IMLs (Institutos de Medicina Legal) para, enfim, chegar ao número final e contar todas as histórias.

O curioso é que assim como afirmado na matéria, essa dificuldade para conseguir os dados demonstra a falta de transparência de muitos governos estaduais e revela uma total ausência de padronização e de um sistema nacional que abranja homicídios e demais mortes violentas.

Podemos dizer que a principal pergunta respondida por essa matéria é “quem sofre essa violência?”.,uma vez que ela não apenas apresenta os números, mas consegue relaciona-los à gênero, idade e cor de quem mais sofre violência. E vai mais além, ao mostrar os dias da semana, horários em que mais ocorrem e os principais motivos.

Podemos perceber que a metodologia adotada pelo G1 ao se basear no Jornalismo de Dados para a produção da matéria visa facilitar o entendimento da reportagem e vai além do que geralmente acontece no jornalismo tradicional, ao não apenas apresentar os dados, mas destrinchá-los e mostrar o que esses números realmente significam: quais são as pessoas e os motivos por trás deles.

Esses dados, inclusive, foram muito bem apresentados ao longo do texto e também através de gráficos, imagens e vídeos. O que podemos perceber, de forma muito clara, no exemplo abaixo:

( Foto: Arte/G1)

Na matéria não é mencionado consulta a outras fontes senão as quais já citadas aqui nesse post. No entanto, em um dos vídeos onde explicam os bastidores do projeto, o jornal revelou que outras fontes como necrotérios e familiares das vítimas foram consultados a fim de facilitar a coleta de dados e demais informações.

Alexandre Leite

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