No ultimo domingo, dia 24 de agosto, se deu inicio ao VCT 2023: Game Changers Brazil Series 2, campeonato brasileiro de Valorant inclusivo que dará vaga ao campeonato mundial da categoria, que será disputado em São Paulo no estúdios RIOT e contará com mais 7 equipes de diversas regiões do mundo, tendo 500 mil dólares em premiações.
Porém, você pode se questionar, por que existem campeonatos segregativos em modalidades que a aptidão física tão pouco importa? essa é uma boa pergunta, mas com uma simples resposta: as modalidades inclusivas tem a função de incluir quem foi excluído pela sociedade.
Em pesquisa realizada pelo jornal The Verge em 2015, 60% dos americanos consideram que jogar videogames é uma atividade masculina, dados como esse confirmam preconceitos machistas da sociedade que crescemos e que vivemos hoje. Para você desenvolver uma habilidade em algo é muito mais fácil quando o ambiente te estimula e tem pessoas ao seu redor que pensam da mesma forma. Deste modo, quantas meninas foram desestimuladas a ficarem no vídeo game por aquilo não ser uma “atividade de menina”, algo que dificilmente aconteceria com um garoto.
Essa barreira citada é uma das diversas barreiras enfrentadas por mulheres no meio dos jogos, podendo ser citado ainda, o preconceito dentro da própria comunidade gamer, dificuldade em se sentir aceita, assédio, recusa de treino por parte de times masculinos, recusa de aceitar testar uma garota no time apenas por ela ser uma garota, e muitas outras que ainda persistem na sociedade, com varias dessas também se aplicando a mulheres trans e pessoas não binárias, por isso o cenário inclui elas também.
Fica claro que nenhuma dessas dificuldades um homem cis passaria, então a linha de partida dessa corrida não é nem de perto a mesma para todos que compõe os cenários profissionais, ficando claro a importância de campeonatos inclusivos, pois assim essas pessoas vão se sentir menos esquecidas e sem chance de alcançarem o topo, para garotinhas hoje verem e terem a imagem de que aquilo é possível e que elas podem chegar lá, assim como a jogadora profissional que elas tanto gostam, que o gênero não será um empecilho.
Daria para fazer uma reportagem gigante abordando esse assunto, porém, hoje a ideia é espalhar a informação para quem ainda não tem a noção dela, e assim todos possam acompanhar e apoiar o Brasil nesse grande evento que está por vir, seja lá qual time for representar a gente!
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