O tênis de mesa, assim como outros esportes já citados aqui no blog, é um dos esporte originais das Paralimpíadas, estando presente desde seu início em 1960 nos jogos de Roma.
O esporte já era popular entre atletas com deficiências, sendo praticado de forma adaptada desde a década de 1920. Com o surgimento das Paralímpiadas, o tênis de mesa Paralímpico cresceu muito em popularidade e desenvolvimento, já que o esporte se destaca muito pela sua acessibilidade, proporcionando grandes oportunidades para atletas mostrarem suas capacidades em um cenário global.
Os atletas são divididos em classes de acordo com o seu tipo ou grau de deficiência:
Classe 1 a 5: Para jogadores com deficiência física, onde 1 é para aqueles com maior grau de comprometimento físico e 5 é para aqueles com menos comprometimento. Esses jogadores competem em classes que refletem a gravidade e o tipo de suas deficiências.
Classe 6 a 10: Para jogadores com deficiência física mais leve, também classificados de acordo com o grau de comprometimento.
Classe 11: Para atletas com deficiência intelectual, onde a classificação é feita com base na capacidade cognitiva e na funcionalidade geral.
História de Bruna
Bruna Costa Alexandre é uma mesatenista nascida em Criciúma, Santa Catarina, de 29 anos. Aos seis meses de idade, a atleta teve que ter seu braço amputado após a má aplicação de uma injeção gerar uma trombose.
Pela Influência do irmão, a jovem pratica tênis de mesa desde o seus 7 anos de idade. Inicialmente ela disputava apenas competições na modalidade olímpica, tendo descoberto as competições paralímpicas apenas aos 13 anos em 2009.
Em 2014, Bruna conquistou suas primeiras medalhas internacionais, sendo bronze no tênis de mesa individual e por equipes no Mundial Paralímpico de Pequim. Depois de 2 anos, no Rio de janeiro, também conseguiu 2 medalhas de bronze na categoria, sendo a primeira brasileira a subir no pódio desta modalidade nas paralimpíadas.
Seu primeiro ouro veio em um torneio tradicional, tendo conquistado a medalha no Campeonato Pan-Americano de 2017 por equipes ao lado de Bruna Takahashi e Gui Lin. No mesmo ano conquistou novamente o primeiro lugar em um torneio, sendo ouro no Mundial Paralímpico na categoria por equipes ao lado de Danielle Rauen e Jennyfer Parinos.
Nas terras japonesas, Bruna ficou com a prata inédita na categoria individual, tendo também superado um enorme desafio físico ao perde 25 quilos durante a competição, o que a motivou a se dedicar mais a esse aspecto de sua atuação esportiva..
Até chegar em Paris, Bruna disputou diversos campeonatos e ganhou diversas medalhas, porém, o destaque veio ao se tornar a primeira brasileira a disputar os jogos Pan-Americanos, e os Parapan-Americanos na edição de Santiago em 2023, além de garantir sua vaga nas olimpíadas de 2024.
Paris 2024
Infelizmente, Bruna acabou sendo eliminada logo em seu primeiro jogo nas olimpíadas. Ela disputou a modalidade de equipes femininas, na qual foram derrotadas por 3 a 1 pela a Coreia do Sul, a Catarinense fez dupla Giulia Takahashi e também fez um dos duelos de simples.
Mesmo com a derrota Bruna Alexandre já tinha entrado para a história do esporte brasileiro, pois representou o Brasil no tênis de mesa nas Olímpiadas e iria representar também nas Paralímpiadas em seguida, que teve seu inicio no dia 28 de agosto.
A Mesatenista já estreiou com vitória na competição, e segue na buscar de seu grande objetivo, o ouro em Paris: “Tenho o sonho de ser campeã Paralímpica e jogar contra atletas sem deficiência me fortalece em busca deste objetivo,” comentou a mesatenista em entrevista divulgada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).