Na noite do dia 26 de setembro, o time mineiro fez seu torcedor relembrar a épica campanha na Libertadores de 2013, que garantiu o primeiro troféu da competição para o clube.
A missão do Atlético Mineiro para garantir a classificação era difícil. Os alvinegros teriam que reverter a derrota de 1 gol de diferença sofrida no jogo de ida das quartas, que aconteceu no Maracanã.
Logo no início do jogo, ficou nítido que a estratégia do Fluminense seria a de jogar mais defensivamente, até porque estavam com o placar agregado a seu favor. O que vimos foi exatamente isso: um Atlético Mineiro muito agressivo no ataque, fazendo muita pressão quando o adversário tinha a posse da bola e um Fluminense apagado.
Aos 5 minutos de jogo, em um dos vários lances de ataque atleticano, o lateral-esquerdo Guilherme Arana recebeu bom lançamento e, em cruzamento, a bola bateu na mão de John Arias. O jogo não poderia começar melhor para o Atlético, que já poderia igualar o placar agregado com o pênalti. Entretanto, Fábio, um velho conhecido da torcida atleticana e o maior goleiro da história do Cruzeiro, estava lá para parar. O escolhido para a cobrança foi o atacante Hulk, que não bateu com muita confiança, o que possibilitou a defesa de Fábio.
Certamente, um filme passou na cabeça da torcida atleticana, que na Libertadores de 2021 viu seu time ser eliminado após um pênalti perdido. Mas se enganam aqueles que pensam que este momento atrapalharia o Galo na partida. O que vimos no restante do primeiro tempo foi a mesma intensidade do início de jogo, o time mineiro propondo jogo o tempo todo e o goleiro Fábio fazendo o que podia para impedir que saísse o primeiro gol do time comandado por Gabriel Milito.
O primeiro tempo, mesmo com domínio total atleticano, acabou com o placar em zero a zero. Mas, aos 5 minutos da segunda etapa, a estrela de Deyverson, que havia saído do banco após lesão de Bernard, brilhou, o atacante atleticano aproveitou o cruzamento de Gustavo Scarpa e marcou o primeiro gol do clube alvinegro na partida, o que levava a decisão para os pênaltis.
O roteiro do primeiro tempo se repetia na segunda etapa, domínio total do time da casa que contava com um décimo segundo jogador: 40 mil vozes apaixonadas apoiavam o Galo em busca da classificação. Apoio esse que deu resultado, já que em nenhum momento o clube mineiro deixou de buscar a classificação no tempo normal.
Se de um lado o Atlético atacava e criava diversas chances de gol, do lado tricolor estava o goleiro Fábio, que continuava a fazer ótimas defesas, salvando o Fluminense de tomar o segundo gol. Tudo se encaminhava para uma decisão nos pênaltis na Arena MRV, porém, aos 43 minutos, o vilão da primeiro tempo, o jogador Hulk, acerta um passe magistral que encontra, mais uma vez, o iluminado Deyverson. Não vacilou, fez o gol da classificação alvinegra.
Após o gol do camisa 9 atleticano, o apito final era o momento esperado por todos. O banco de reservas do Atlético estava de pé, com Gabriel Milito pedindo o fim de jogo a todo momento. O gesto do árbitro veio após tiro de meta de Everson. Festa nas arquibancadas, no banco e no campo.
O Atlético viveu mais uma daquelas noites mágicas de Libertadores, fazendo o tocedor se lembrar da grande campanha feita em 2013 e ACREDITAR em mais um título da competição.