A segunda-feira do dia 23 de setembro começou tumultuada quando, pela manhã, a equipe azul celeste comunicou a demissão do técnico Fernando Seabra. A notícia chocou a torcida cruzeirense já que, embora a sequência da equipe mineira não fosse tão animadora, o Cruzeiro aproveitava de certa estabilidade e disputa um mata mata de uma competição continental pela primeira vez após 5 anos, quando foi eliminado pelo então campeão River Plate.
Seabra e o Cruzeiro tiveram uma ascensão meteórica no campeonato Brasileiro após a demissão de Nicolás Larcamón e a derrota para o arquirrival Atlético Mineiro. Após Pedro Lourenço comprar o clube, o gigante da Pampulha aproveitou uma boa fase, figurando constantemente na parte de cima da tabela e disputando uma vaga na pré-libertadores.
Entretanto, após a chegada de vários reforços bancados pelo novo dono do time, Seabra se viu com um elenco inchado e enfrentou um turbulento período de adequação dos reforços. Ainda sim, a raposa se manteve competitiva na Copa Sul-Americana, eliminando o Boca Juniors nas oitavas de final e triunfando sobre o Libertad no jogo de ida das quartas.
Em contrapartida, não encontrou seu ritmo no Campeonato Brasileiro, com grande instabilidade de jogadores fundamentais como Matheus Pereira e atuações coletivas abaixo das expectativas da torcida.
Apesar da instabilidade da equipe, a torcida cruzeirense ainda tinha opiniões mistas em relação ao treinador, já que Seabra já foi técnico do Cruzeiro sub-20, era uma figura conhecida no clube e tinha a confiança dos jogadores para prosseguir o seu trabalho no controle da equipe.
Mas suas conexões não foram o suficiente para continuar o conto de fadas azul celeste e o jovem treinador foi demitido pelo antigo técnico do Fluminense e da Seleção Brasileira: Fernando Diniz. Seabra se despede da raposa após 34 jogos no comando da equipe, contando com 16 vitórias e liderando La Bestia Negra à 7 posição no Brasileirão Serie A.