Por Nícolas Faccin
Imagem: REUTERS/Isabel Infantes
Nesta segunda-feira, dia 19, foi dado o aval. O novo técnico da seleção brasileira será o italiano Carlo Ancelotti. Mas, como para o brasileiro nem tudo são flores, o novo técnico só assumirá o comando da amarelinha após finalizar a próxima temporada no Real Madrid, ou seja, o novo professor só começará seus trabalhos na seleção a partir de junho de 2024.
Multicampeão, como treinador, por gigantes do porte de Milan e Real Madrid, Carlo Ancelotti não deixa dúvidas tal qual um ótimo nome para o comando da seleção brasileira. O técnico, de 64 anos, soma ao todo, 25 títulos e entre os principais estão as quatro conquistas da Champions League: em 2003 e 2007, pelo Milan, e em 2014 e 2022, pelo Real Madrid.
A decisão da CBF de buscar o italiano divide opiniões. Não pela qualidade de seu trabalho, mas sim pelo tempo em que a seleção dependerá de um interino até sua chegada. Muitos compreendem que a decisão da CBF de “esperar” por um técnico, seja ele qual for, como uma inferiorização da maior seleção do mundo, outros entendem que a “humilhação” está no último título de Copa do Mundo desta seleção ser há 21 anos e aceitam a espera de um dos melhores técnicos do mundo para vestir a camisa. Fato é: o homem vem. Mas, e até lá? A resposta é que, até a chegada de Ancelotti, a seleção brasileira tem um total de 11 jogos. Isso significa que o atual interino da seleção, Ramon Menezes, terá, se continuar no cargo, mais cinco amistosos e seis jogos pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Sem contar toda uma Copa América, disputada entre junho e julho do ano de 2024, nos EUA.
Com o não de Guardiola, é óbvio que a escolha de Ancelotti é a melhor que poderíamos ter para a seleção, mas além de todo esse tempo “sem um técnico”, ficam várias dúvidas, como por exemplo: o que acontecerá com o Brasil na Copa América? E se a seleção não conseguir se classificar para a Copa de 2026? Mas a mais pertinente de todas é: Ancelotti dará certo na seleção? E se não der, o que irá acontecer? O que parece, de tudo isso, é que a CBF não está realizando um planejamento certeiro, mas sim, tentando colocar todos esses anos de ineficiência e falta de profissionalismo em apenas um salvador, que pode ou não funcionar.
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